quinta-feira, 7 de maio de 2009

Anathema - Oblique Rain - Leafblade @ Teatro Sá da Bandeira, Porto - 6 de Maio de 2009


Mais uma excelente noite que se viveu no passado dia 6 de Maio, no Teatro Sá da Bandeira no Porto, com a presença dos britânicos Anathema e Leafblade, e ainda dos portugueses Oblique Rain. Um concerto com o selo “Prime Artists” e por isso, um concerto de qualidade como a promotora nos habituou ao longo destes anos.

Com a sala ainda despida foram os Leafblade a abrir as hostes um pouco antes das 21:00 horas. O projecto acústico de Sean Jude e Danny Cavanagh não é mau e é certamente uma banda para conhecer melhor. Os Leafblade fizeram o que se pedia a uma banda de abertura e deixaram boa impressão. Sendo estes senhores os primeiros a tocar tiveram a função de aquecer o ambiente mas este ainda se encontrava “morno”.

Por volta das 21:30 foi a vez dos Oblique Rain subirem ao palco. Este colectivo da “invicta” já tem seguidores suficientes e já deu provas da sua qualidade musical que é inegável. Perante uma plateia já composta descarregaram temas do álbum “Isohyet” e do álbum que se avizinha “October Dawn”. Os Oblique Rain conseguiram aquecer a plateia para o grande e esperado momento que se avizinhava. Destaque para o tema “Nothing´s Silence” talvez por ter sido o ponto alto da actuação destes portuenses. Uma banda que já tem os seus seguidores e que conseguiu surpreender pela positiva os amantes do metal progressivo. Bom concerto e merecidamente aplaudidos.

Já passava das 22:20 quando, com a sala bem composta, se começou a ouvir a voz do ” frontman” dos Anathema. Ainda no backstage Vincent Cavanagh começou por saudar a plateia dizendo que estava feliz por estar de volta a Espanha, algo que surpreendeu os presentes durante pouco tempo pois logo de seguida disse para não se preocuparem pois sabia exactamente onde estava. Afinal já lá vão alguns concertos por terras lusas. Deu-se então a entrada dos 5 elementos em palco. Bem-dispostos e animados abriram o concerto com “Deep”. Tanto Vincent como Danny têm a capacidade de conseguirem puxar pelo público de uma forma extraordinária e como é próprio do público nacional este não só correspondeu como deu tudo o que tinha para dar. Seguiram-se temas como “Closer”, “Pressure”, “Angels Walk Among Us”, “Inner Silence”, “A Simple Mistake”, “Panic, “Lost Control”, “ Flying”, “Are you There?”, “One Last Goodbye”, “Angelica”, “Fragile Dreams” entre outros grandes êxitos, faltando “A Natural Disaster”, "Pulled Under at 2000 Meters a Second” e “Dying Wish” para a setlist ter sido perfeita. Todos os temas mereciam uma review, pois todos eles tiveram momentos únicos que foram vividos com grande intensidade. A atmosfera criada pelo já mítico Teatro Sá da Bandeira (que maravilhou o Vincent, chegando este a pedir que acendessem as luzes da sala de modo poder apreciar a sua beleza) e a relação e empatia público/músicos foi avassaladora. Isto deveu-se ao facto de não existirem grades o que permitiu uma aproximação muito maior das primeiras filas com a banda. Mas o que importa sempre é a qualidade do som e quanto a isso não há criticas a apontar. O som estava bom. Todos os instrumentos estavam audíveis sem se abafarem uns aos outros nem se sobreporem aos vocais. Em suma foi um excelente concerto…um dos melhores que o Sá da Bandeira já recebeu.

Venham mais noites assim :D

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