sábado, 11 de julho de 2009

Optimus Alive ´09! - Dia 9 de Julho - Review

O primeiro dia do festival Optimus Alive '09! prometia uma grande noite, sobretudo pelas bandas do palco principal, as quais levaram cerca de 40 mil pessoas ao Passeio Marítimo de Algés no dia 9 de Julho. Metallica, Slipknot, Machine Head, Lamb of God, Mastodon e Ramp foram as bandas que levaram essas 40 mil pessoas a pagarem 50 euros pelo bilhete, e que certamente não se arrependeram do dinheiro que gastaram. Um cartaz de luxo, marcado pela estreia dos Lamb of God em terras nacionais, pelo esperado regresso dos Slipknot a Portugal, 5 anos após a última vinda e ainda pelos grandiosos Metallica que encabeçaram o excelente cartaz.

Á chegada ao recinto deparo-me com uma maré negra, como seria de esperar. No pórtico de entrada, uma banda, da qual desconheço o nome, toca covers, de modo a animar os presentes e ajudá-los a passar o tempo que tinham de esperar até as portas do recinto serem abertas. A abertura de portas estava marcada para as 16:00 horas e com poucos minutos de atraso o recinto começou a encher.
Muitos foram aqueles que se dirigiram imediatamente para o palco Optimus, o palco principal, de modo a conseguirem um bom lugar paras as bandas que certamente queriam ver.

O primeiro concerto estava marcado para as 17:30 e eram os nacionais Ramp que iriam fazer as honras da casa e darem início a uma excelente noite. Entram em palco com o primeiro tema do seu novo álbum, Visions, Blind Enchantment e com o seu novo membro Tó-Pica, na guitarra, mostrando uma grande energia e um grande á vontade em palco. Tocando apenas dois temas do seu novo álbum, The Cold juntando-se ao anterior tema referido, a setlist ficou marcada por temas mais clássicos da banda. Dawn, How, Hallelujah e Black Tie foram os restantes temas dos 30 minutos de actuação dos Ramp, tendo sido os dois últimos temas, Hallelujah e Black Tie os momentos altos da sua actuação. Como seria de esperar de uma banda de abertura os Ramp conseguiram fazer o papel que lhes era pedido: aquecer uma plateia para uma noite que se avizinhava longa. Entre agradecimentos ao público presente, a actuação ficou marcada também pelas boas-vindas aos Metallica. Despedem-se sob aplausos merecidos. Continuam a ser uma das melhores bandas nacionais.

Com o passar dos minutos a multidão ia-se aglomerando em frente ao palco, e a banda que se seguia eram os Mastodon. A sua actuação estava marcada para as 18:20.

Com uma pontualidade britânica, embora sendo norte-americanos, os Mastodon subiram ao palco precisamente as 18:20. O quarteto oriundo de Atlanta estava pronto para dar o seu melhor e assim o fizeram. O primeiro tema do seu novo álbum Crack The Skye, Oblivion, deu ínicio á sua actuação. Calados durante todo o concerto, sem dúvida devido ao facto do pouco tempo de actuação que dispunham, descarregaram temas do seu recente registo e temas marcantes da sua carreira que não podiam faltar. The Wolf Is Loose e Crystal Skull foram os temas que se seguiram. Blood & Thunder, The Czar, Crack The Skye, Iron Tusk e March of the Fire Ants completaram a setlist de apenas 40 minutos. Sendo a quarta vez destes senhores por terras nacionais, já mereciam outro tipo de estatuto e mais tempo de actuação. Apenas um aspecto negativo a apontar durante a actuação dos Mastodon: o micro de Brent Hinds deveria de estar mais alto de modo a se ouvir melhor a sua voz. Tendo criado uma sonoriade muito própria os Mastodon são daquele tipo de bandas que se adora ou se detesta. Pelos aplausos ouvidos durante e no final do concerto, muitos dos que ali estavam os adoram. Um excelente concerto mas que soube a pouco.

Troy Sanders, em entrevista a iol, prometeu que os Mastodon voltariam a Portugal em breve para um concerto como headliners (mais info em www.catarsesonora.blogspot.com).

O tempo ia passando e o próximo concerto era um dos mais aguardados da noite. Com entrada em palco prevista para as 19:20 os Lamb of God iriam-se estrear em terras nacionais. Eram agora muitos os que estavam em frente ao palco Optimus, para dar as boas-vindas a estes norte-americanos.
Passados pouquíssimos minutos das 19:20, The Passing, tema de abertura do novo álbum Wrath, faz-se ouvir. A ansiedade esta levada ao limite, os Lamb of God iram entram em palco dentro de segundos e todos os presentes sabem que vai ser um concerto estrondoso. In Your Words dá início á entrada em palco dos 5 elementos e dos vários mosh e circle pits que se formavam em frente ao palco. A destruição tinha começado e só iria acabar ao fim de mais 8 temas. Com uma excelente prestação e poder em palco, Set To Fail foi a música que se seguiu, dando continuação á mosh. Numa setlist centrada no recente lançamento, não faltaram temas de outros tempos. Seguiram-se os temas Walk With Me in Hell, Now You´ve Got Something To Die for, Ruin, Dead Seeds, Laid to Rest, Redneck e Black Label. Em nenhum dos temas os circle pits e mosh pits acalmaram, muito pelo contrário, foram crescendo de intensidade até ao grandioso wall of death no úiltimo tema, Black Label. Um concerto íncrivel que levou Randy Blythe a afirmar que era um dos melhores concertos da tour e que o público português era espectacular. Despedem-se sobre uma tempestade de aplaucos. Espera-se assim que voltem em breve para nos presentearem com mais um excelente concerto. Uma coisa é certa: os Lamb of God são os Pantera da nova geração.

O concerto que se seguíria era os dos Machine Head, com entrada em palco marcada para as 20:30. Os Machine Head eram outra banda da qual se esperava um excelente concerto e estes senhores, mais uma vez norte-americanos (a excepção dos nacionais Ramp, as restantes bandas são todas norte-americanas) não desiludiram.
Com 7 minutos de atraso os Machine Head sobem ao palco e dão continuidade á destruição que os Lamb of God tinham começado.Imperium é o tema que dá início á actuação do quarteto oriundo de Oakland, Califórnia. O último álbum de originais, The Blackening, foi lançado em 2008 e os Machine Head já andam á dois anos em estrada com esse álbum. Curioso verificar que a setlist não se centra de todo no último registo da banda, dando assim lugar a temas clássicos da carreira dos Machine Head que não podiam faltar. Ten Ton Hammer, Beautiful Mourning, Old, Struck a Nerve, Bulldozer, Halo e Davidian foram os temas que se seguiram e que completaram a setlist. Numa actuação explosiva não faltaram os já habituais circle e mosh pits e a subida ao palco da mãe do guitarrista Phil Demmel que é 100% portuguesa segundo o guitarrista e vocalista Robb Flynn. Após um concerto desta categoria, percebe-se realmente porque é que os Machine Head gozam do estatuto de melhor banda ao vivo. Boa música alidada a empatia com o público e com uma carrada de explosividade, tornou a actuação destes americanos algo difícil de descrever. Os Machine Head agradecem, o público agradece e termina a actuação. Espera-se que voltem, da próxima vez já com um novo álbum na bagagem.

A actuação que se segue é a dos Slipknot. Com a entrada em palco prevista para as 21:45, muitos eram os que ali estavam para ver a banda de Des Moines, Iowa, após 5 anos de espera, desde a última actuação deste colectivo no RiR 2004.

Com alguns minutos de atraso os Slipknot entram em palco com menos um membro. Chris Fehn não esta presente devido á morte de um familiar. Facto que não levou a uma menor prestação dos Slipknot em palco. Sic da ínico a actuação dos Slipknot seguida dos temas Eyeless, Wait and Bleed, Before I Forget, Sulfur, Dead Memories, Disaster Piece, Psychosocial, Duality, People=Shit, Surfacing e Sip it out. Sem dúvida que a voz do Corey Taylor melhorou imenso e os Slipknot tiveram uma excelente prestação em palco, que não desiludiu os fãs e impressinou muitos que não gostam/ouvem a banda. Como seria de esperar, em palco e no público não faltou energia para dar e vender e os Slipknot assinaram uma grande prestação. Aplausos não faltaram.

Um ponto interessante foi verificar que eram tantos os que envergavam t-shirts de Slipknot como os que envergavam t-shirts de Metallica, mas eram certamente os Metallica a principal atracção da noite e o tão aguardado concerto da noite, estava por fim a chegar.

Com a actuação marcada para as 23:30 e com poucos minutos de atraso, Ecstasy Of Gold faz-se ouvir e o publico entoa a já habitual música de abertura. Blackened marca a entrada dos Metallica em palco e o delírio dos presentes. Num concerto marcado por temas do novo álbum Death Magnetic não faltaram os velhinhos clássicos que marcaram uma grandiosa carreira da banda de Los Angeles. For Whom the Bell Tolls foi a música que se seguiu e que pos toda a plateia a cantar e a saltar. Seguiram-se os temas Hloier Than Thou e Leper Messiah, poucos habituais nas setlist de Metallica, mas que contiuaram a fazer o delírio dos presentes. Fade to Black continuou a actuação e Broken, Beat And Scarred e Cyanide foram os dois primeiros temas do Death Magnetic interpretados pela banda californiana. Sad but True, One (com o habitual espectáculo de pirotécnia), All Nightmare Long, the day thet never comes, Master of Puppets, Fight Fire With Fire, Nothing Else Matters e Enter Sandman foram os temas que se seguiram ate á saída dos Metallica de palco e nos quais não faltaram os aplausos, saltos e canticos e ainda os sentimentais agradecimentos de James Hetfield por, como ele afirmou, a família Metallica estar alí toda reunida e por ser tão bom estar de volta a Portugal. O encore seguiu com a Die, Die My Darling (cover dos Misfits), Whiplash e a muito pedida e aguardada Seek & Destroy. Estava assim concluída a actuação dos Metallica, e que actuação. Pode ser a terceira vez consecutiva destes senhores no nosso país, mas continuam a arrastar multidões para os ver e a presentearem o público com espectáculos de ficar de boca aberta. O quarteto californiano deu sem dúvida o seu melhor e foi bastante vísivel a alegria destes por estarem de volta. Sob uma estrondosa tempestade de aplausos erguem a bandeira nacional e despedem-se de palco, pondo um ponto final na sua actuação e num excelente dia, que ficará para sempre na memória dos presentes.
Em poucos minutos o recinto está vazio, deixando para trás os copos de cerveja plásticos espalhados pelo chão que deambulam agora ao sabor do vento que se faz sentir em Algés. O dia chegou, com muita pena, ao fim. Um excelente festival, um excelente recinto e poucas críticas a apontar a organização.

Nota: As setlists foram retiradas da página da Blitz e podem assim não estar correctas. Peço assim desculpa por qualquer engano.

3 comentários:

naSum disse...

Antes de mais a setlist de machine head está errado. Certeza absoluta que não tocaram a crashing around you. Nem a seasons wither penso eu. Quanto aos concertos foram grande espiga. Mastodon foi muito fixe apesar de eu ter estado longe do palco ainda. Depois LOG , MH e Slipknot estive la bem a frentinha e adorei. Sempre a dar-lhe. Quanto a metallica vi cá do fundo + pelo ecrâ gigante. Valeu pelas músicas antigas. Fade to black, One, Nothing else matters, Master Of Puppets, enter sandman e a die die my darling :P

Nuno Lobão disse...

Sim, tens razão...a setlist de MH esta errada, tinha corrigido no last.fm mas esqueci-me de corrigir aqui :S mas sem dúvida que foi um grande dia \m/

ze pica tone disse...

po caralho