quarta-feira, 29 de abril de 2009

IF THESE TREES COULD TALK

Os If These Trees Could Talk, originários de Akron – Ohio (EUA), são uma banda de post-rock que iniciou a sua actividade em 2000 e conta com dois álbuns de originais. Embora não sendo uma das bandas mais destacadas do movimento o seu novo registo vem mostrar o empenho de uma banda que está no caminho certo para o conseguir.


Em 2006 editaram o seu primeiro álbum. Sem Ep´s de apresentação e sem rodeios mostraram-se ao mundo com um álbum homónimo composto por 6 temas. Quem teve a enorme felicidade de descobrir esta banda, aquando do seu primeiro lançamento, certamente não se arrependeu. Embora estando no anonimato naquela altura, o álbum “If These Trees Could Talk” destacou-se no underground do post-rock e boas críticas surgiram em torno da banda. Os If These Trees Could Talk tinham-se estreado com um álbum do melhor post-rock que se podia encontrar. Sem críticas negativas a apontar, o álbum homónimo enfeitiçou com as melodias e harmonias, com a quietude e os picos emocionais e pela delicadeza e amor com que os riffs surgiam das guitarristas, ora calmos, fazendo-nos relaxar, ora empolgantes, levando-nos ao êxtase.

Três anos se passaram e os If These Trees Could Talk presenteiam-nos com um novo álbum, lançado em Março, intitulado “Above the Earth, Below the Skye”.

“If These Trees Could Talk come crashing down the mountains like an avalanche; as sound and fury (signifying something), the guitars carve a path of dramatic tension as powerfully epic as everything Red Sparowes have never done in the entirety of their stumbling quest for raging passion (…) The rhythms change slowly like the seasons, conducted by the animalistic, put-your-claws-in-the-air battering of the drums, a force that moves in unison with the bass to form the earth from which the guitars spring into the air and fly; sometimes gently away with melancholy, sometimes swooping back down like a rain of heavy metal.”
David Murrieta – The Silent Ballet

“Above the Earth, Below the Skye” é sem dúvida o melhor álbum dos If These Trees Could Talk e após 3 anos desde o primeiro registo da banda, não seria de esperar o contrário. Capazes de criar temas que nos fazem questionar sobre temáticas do dia-a-dia ou viajar através de paisagens inacessíveis onde a fauna e a flora se encontram em perfeita harmonia, este novo registo traz 10 temas perfeitos que levarão estes americanos ao reconhecimento mundial e ao conjunto das melhores bandas do género, é o mínimo que se pode esperar se ainda houver justiça e os ouvidos estiverem em perfeitas condições para apreciar post-rock da melhor qualidade. Como todo o bom post-rock exige, “Above the Earth, Below the Skye” transporta a capacidade de nos fazer relaxar e desligar/reflectir sobre os problemas que nos rodeiam. Durante cerca de 42 minutos o ouvinte pode desfrutar de uma extraordinária experiência sonora da qual não vai querer acordar. 

Sem dúvida mais um excelente álbum de post-rock para se juntar ao conjunto dos melhores álbuns de 2009, dos quais já fazem parte “Avoid the Light”, dos Long Distance Calling, e “Hymn to the Immortal Wind”, dos Mono.


If These Trees Could Talk - "If These Trees Could Talk" (2006)

1 Malabar Front
2 Smoke Stacks
3 The Friscalating Dusklight
4 Signal Tree
5 The Death of Paradigm
6 41°4′23n, -81°31′4w

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If These Trees Could Talk - "Above the Earth, Below the Skye" (2009)

1 From Roots to Needles
2 What’s in the Ground Belongs to You
3 Terra Incognita
4 Above the Earth
5 Below the Sky
6 The Sun is in the North
7 Thirty-Six Silos
8 The Flames of Herostratus
9 Rebuilding the Temple of Artemis
10 Deus Ex Machina

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Falta uma semana

E o ano passado foi assim:

terça-feira, 28 de abril de 2009

MASTODON - Crack The Skye



Oriundos de Atlanta, Geórgia (EUA), os Mastodon surgiram em 1999 e são uma das bandas mais notáveis do “New Wave of American Heavy Metal”. Criando um estilo completamente único e cada vez mais difícil de catalogar, estes americanos misturam Metal Progressivo, Sludge Metal, Hardcore, Math Metal entre outros géneros que podem ser facilmente decifráveis numa atenta audição.
Contando já com 4 álbuns de originais, os Mastodon são um fenómeno do Metal mundial e uma banda que cresceu rapidamente a cada álbum que lançou. Após o Ep “Lifesblood” lançado em 2001, 2002 trouxe o primeiro álbum da banda. “Remission” mostrou o som peculiar que só estes senhores sabem criar. Era um bom álbum, mas faltava algo. Cerca de dois anos depois “Leviathan” (representa o elemento “Água”, considera o guitarrista “Bill Kelliher”) lançou os Mastodon pelo mundo, em tournées ao lado de grandes nomes do panorama do metal mundial. A mistura e exploração de diferentes géneros musicais fascinou, mas mais impressionante foi a maneira como “Leviathan” continuou a soar a Mastodon embora fosse um álbum completamente diferente de “Remission”. Tendo sido álbum do ano 2004 em revistas mundialmente conhecidas como “Revolver”, “Kerrang!” e “Terrorizer”, “Blood and Thunder”, “Iron Tusk” e “Seabeast” foram os singles e os temas mais marcantes, entrando directamente para as melhores faixas da banda. Novamente dois anos depois, os Mastodon lançaram o álbum mais significativo da sua carreira, até aquela data. “Blood Mountain” (representa o elemento “Terra” segundo o guitarrista Bill Kelliher) tinha chegado e novamente surpreendido os ouvintes e fãs da banda. Soando diferente dos álbuns anteriores e superior a estes, mas sempre com o toque característico da banda, o novo registo trouxe o sucesso e reconhecimento mundial que a banda merecia. Temas como "The Wolf Is Loose", "Crystal Skull", "Sleeping Giant", "Capillarian Crest", "Colony of Birchmen" e"Siberian Divide" são apenas alguns exemplos das grandes músicas que este álbum acarreta. Este registo trouxe também as participações especiais de Scott Kelly (Neurosis), Josh Homme (Queen of Stone Age) e Cedric Bixler-Zavala (The Mars Volta).
Foram precisos 3 anos para os Mastodon nos voltarem a surpreender com o álbum mais aguardado do ano. “Crack the Skye” saiu a 24 de Março (de 2009 obviamente :D) e vendeu 41,000 cópias só na primeira semana. Muitos eram aqueles que duvidavam que um novo registo poderia superar uma obra-prima como “Blood Mountain”, mas estavam enganados. “Crack the Skye” não só supera todos os álbuns anteriores como possui os melhores temas da banda. Esta é sem dúvida a característica mais marcante destes americanos. O facto de conseguirem produzir álbuns melhores e a um nível superior (extraordinariamente superior ;D) que os anteriores. Logo na primeira faixa deste novo álbum, “Oblivion”, o ouvinte não se sente familiarizado com a sonoridade da banda pois o primeiro elemento a cantar é Brann Dailor (Baterista). O facto é que as cordas vocais de Troy Sanders e Brent Hinds nunca foram levadas ao extremo como neste registo, a bateria de Brann Dailor dita a perfeita percussão e rítmica enquanto os riffs são arrancados com toda a força das guitarras e a guitarra de Bill Kelliher tem uma relevância muito mais acentuada do que em registos anteriores. Contando novamente com a participação especial de Scott Kelly, “Crack the Skye” promete competir pelo primeiro lugar do Top 2009 juntamente com “Wavering Radiant" dos Isis.
Os Mastodon são sem dúvida uma grande banda, daquelas que se deve de seguir de muito perto, pois prometem continuar a surpreender. Dia 9 de Julho está marcada a presença destes americanos no festival Optimus Alive! 09, um concerto a não perder.

Mastodon - "Crack The Skye" (2009)

1 Oblivion
2 Divinations
3 Quintessence
4 The Czar: I. Usurper - II. Escape - III. Martyr - IV. Spiral
5 Ghost of Karelia
6 Crack the Skye
7 The Last Baron  

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MAHUMODO - Waves



Mahumodo, colectivo formado em 1998 no Reino Unido, praticante de um metal/hardcore ou post-hardcore (como agora tudo é “pós-qualquer-coisa”) incisivo mas melodioso e que rapidamente conquistou o meio underground pelos seus memoráveis concertos. Durante a sua existência editaram quatro EP’s : “Shels”,”Bythewaters”, “April’s” e “Waves” que rapidamente se tornaram em raridades.
Em 2003, com a mudança de ares do vocalista Medhi Safa para a Califórnia, a banda separou-se em dois grandes novos nomes. Foi juntamente com o novo vocalista Ed Gibbs que os restantes membros gravaram o primeiro EP “Darkness Prevails” dos poderosos Devil Sold His Soul. Contudo, após a sua gravação o baterista Tom Harriman decide-se juntar a Safa em *Shels.

“Waves” é o EP lançado no ano da sua separação sendo talvez o mais representativo de todo o potencial que estes senhores então já abarcavam e que viria a ser desenvolvido mais tarde em sentidos diferentes. Temas como “April’s”, “Waves” ou “California” (será que era premonição?! lol) são os momentos altos deste registo que, porém, não possui temas a que possamos chamar de menores e que facilmente agradará a fãs de Deftones pelas suas passíveis semelhanças.





Mahumodo - "Waves"(2003)




1 April’s 4:34
2 Withme 3:30
3 *Waves 4:35
4 * 4 * 1:25
5 California 5:23
6 Herparadise 6:33
7 Bythewaters 7:41

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Mahumodo - "Waves" (re-issued - 2008)





1 April's
2 Withme
3 *waves
4 California
5 Herparadise
6 Bythewaters
7 Breathe the light
8 Orchids
9 Shine
10 *chamaleon

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segunda-feira, 27 de abril de 2009

"Avoid The Light" - Long Distance Calling



A partir de hoje oficialmente disponível em toda a Europa. E esperemos que brevemente nos possam visitar para a sua estreia em palcos nacionais. Nós não faltaremos de certeza!

sábado, 25 de abril de 2009

*Shels - Live At Guilfest July 07 (novo tema)

E enquanto “Plains of the Purple Buffalo” não sai temos de nos contentar com esta pequena espreitadela:



Mais recentemente, Medhi Safa roubou algum do seu tempo de composição e gravação do novo registo para conceder uma entrevista ao site www.ukmetalunderground.com sobre este seu actual projecto mas também Mahumodo e a sua própria editora "shelsmusic".

Podem lê-la na íntegra, sem terem de se registar, aqui:

http://www.lastfm.com.br/user/garydavidson83/journal/2009/03/15/2kfuer_exclusive_interview_with_medi_of_*shels

sexta-feira, 24 de abril de 2009

CALLISTO



“Words will easily fail when attempting to describe the sonic worlds created by the Turku-based sextet Callisto (…)”

Tomi Pulkki - Svart Records


E para dar continuidade aos melhores lançamentos deste ano, eis um outro álbum absolutamente obrigatório e desesperadamente aguardado! Falo, obviamente de Callisto, colectivo finlandês que em 2001 inicia a sua actividade influenciado, como tantos outros de então, por nomes como Neurosis ou Breach.

Com “Noir” de 2006 a banda obteve a sua consagração colocando-se ao lado de outras bandas nórdicas tanto ou quanto semelhantes (Cult Of Luna, só para citar o mais evidente), conciliando de forma precisa doses mortíferas de peso para, logo de seguida, nos deleitar em melodias que só atmosferas de altas latitudes são capazes de inspirar. A vocalização rasgada imperava nesse tempo e tudo servia o jogo incessante de dicotomias: as guitarras etéreas delineando paisagens sónicas, explosões de luz e de fúria, passagens étnicas, o saxofone rouco passeando-se aqui e ali ou o teclado subindo e descendo escalas, fixando as notas no ouvido.
Três anos foram necessários para a ebulição desta absoluta “catarse sonora” (xD) que é experienciar o seu novo trabalho, e, como dizem por aí, o que é bom faz-se esperar (neste caso foi realmente assim). “Providence” eleva ao estatuto de culto esta banda com a entrada do novo vocalista Jani Ala-Hukkala, detentor de um registo vocal limpo magnífico que agora envolve o gutural mais pontuado, encontrando o elemento chave que lhes parecia teimar em escapar: a sua personalidade. Contudo, crédito pessoal posto de parte, esta não é uma banda de fórmulas. Aquilo que outrora foi expressão bruta e mais directa, foi agora substituída por camadas de melodia intercalares inigualáveis. O resto continua lá. Desde as tendências marcadamente progressivas, passando pelas anotações de algumas batidas mais jazz até ao velhinho mellotron dos 70’s.

Se “Noir” transpirava raiva incontida imbuída de melancolia, “ Providence” é como um vinho de casta antiga, encorpado, elegante e maduro.

“Primeiro estranha-se, depois entranha-se”, diria Pessoa.


"Providence" (2009)




1. In Session
2. Rule the Blood
3. Covenant Colours
4. Eastern Era
5. New Canaan
6. Stasis
7. Where the Spirits Tread
8. Dead Weight
9. Drying Mouths (in a Gasping Land)
10. Providence

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"Noir"(2006)



1. Wormwood
2. Latterday Saints
3. The Fugitive
4. Backwoods
5. A Close Encounter
6. Pathos
7. Folkslave
8. Woven Hands

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quinta-feira, 23 de abril de 2009

LONG DISTANCE CALLING

Os Long Distance Calling, oriundos da Alemanha, são uma banda de post-rock que começam a ganhar o merecido reconhecimento neste género musical. Contando já com 3 lançamentos prévios durante a sua carreira, 1 Ep, 1 álbum e 1 split com os Leech, "Avoid the Light" vem dar continuidade à boa música que estes senhores sempre souberam fazer.
Os LDC cativaram desde o ínicio com "Dmnstrtn", Ep com 4 músicas lançado em 2006, e mais tarde o álbum "Satellite Bay" acabou com as dúvidas acerca da sua qualidade, isto é, se é que as havia. "Satellite Bay" chegou em 2007 e não desiludiu. Dois temas do Ep estavam lá e outros 5 temas completaram aquele que foi um dos melhores discos de post-rock de 2007. No ano seguinte os LDC não se mostraram parados, reeditando outras duas músicas do Ep, desta vez num Split com os Leech. 2009 chegou e Abril traz o novo álbum da banda (dia 27 lançamento na Europa, mas já roda por aqui há algum tempo xD). Aguardado com ansiedade e muitíssima curiosidade, muitos eram aqueles que duvidavam de que um novo álbum superaria a obra-prima que foi "Satellite Bay". Estavam totalmente enganados. "Avoid the Light" superou o primeiro álbum e é perfeito ao longo dos seus 6 temas. Apresentando-se numa sonoridade em parte mais pesada, com um toque de post-metal, os Long Distance Calling souberam criar novamente aquelas melodias que nos fazem fechar os olhos, e sorrir de satisfação. É de notar a participação especial de Jonas Renkse (vocalista dos Katatonia) no tema “The Nearing Grave”, mas não se pode admitir que este é o factor para o conhecimento de uma banda em ascensão, seria tirar-lhes o merecido mérito e não há dúvidas de que estes senhores estão entre as melhores bandas de post-rock da actualidade.
“Avoid the Light” é, na minha opinião, o melhor álbum de post-rock de 2009 até a data e por isso é álbum do mês por aqui. Se têm dúvidas da qualidade musical desta banda promissora ouçam lá e depois digam-nos a vossa opinião. Sem dúvida uma banda para continuar a acompanhar de muito perto.

"Avoid the Light" (2009)

1 Apparitons
2 Black Papper Planes
3 359
4 I Know You, Stanley Milgram!
5 The Nearing Grave (Ft. Jonas Renkse)
6 Sundown Highway

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Long Distance Calling / Leech - "090208 Ep" (2008)


1 Metulsky Curse Revisited (Long Distance Calling)
2 Red Bird Vs. Black Bug (Long Distance Calling)
3 Intermisson (Long Distance Calling)
4 Oktober (Leech)
5 Inspiral (Leech)

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"Satellite Bay" (2007)

1 Jungfernflug
2 Fire in the Mountain
3 Aurora
4 Horizon
5 The Very Last Day
6 Built Without Hands
7 Swallow the Water

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"Dmnstrtn" (2006)


1 Fire in the Mountain
2 The Metulsky Curse
3 Red Bug vs. Black Bird
4 The Very Last Day

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terça-feira, 21 de abril de 2009

KYLESA - Static Tensions

O mais recente trabalho destes senhores oriundos da Geórgia, Estados Unidos da América, podia não ser um dos álbuns mais aguardados deste ano, mas certamente vai disputar os lugares cimeiros do Top de 2009. E isto deve-se ao facto de se poder afirmar que “Static Tensions” é simplesmente genial ao longo dos seus 40 minutos de duração, sem as habituais críticas a esta ou aquela faixa, pois as músicas estão perfeitas.

Cada vez mais difíceis de catalogar, os Kylesa podem ser definidos como uma banda de Sludge Metal, mas uma audição atenta é o suficiente para descobrir os outros géneros que a sua sonoridade transporta. O som é enriquecido pela percussão inovadora, em parte devido aos dois bateristas, e pelas harmonias e detalhes cuidadosos dos riffs arrancados das guitarras. Igualmente, os 3 vocalistas permitem um intercalar de vocalizações que não deixam o ouvinte desligar-se da voz, que noutras situações poderia cair na monotonia.
Senhoras e Senhores, são os Kylesa no seu melhor. Se gostam de Sludge e Stoner Rock, então este era o CD de que estavam a espera. Bora lá ouvi-lo?

Kylesa - "Static Tensions" (2009)

1 Scapegoat 
2 Insomnia For Months
3 Said and Done
4 Unknown Awareness

5 Running Red

6 Nature´s Predator

7 Almost Lost
8 Only One
9 Perception
10 To Walk Alone

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*SHELS - Sea Of The Dying Dhow



Isto dos híbridos é moda recente. Misturas de post-rock com sludge, rock progressivo ou ambientes atmosféricos pode parecer à partida uma grande salgalhada, embora não faltem cada vez mais bandas dedicadas a estas fusões. O problema coloca-se sempre quanto ao produto final, ou soa demasiado forçado ou é a completa desgraça a maior parte das vezes.

Mas esta não é uma banda comum. Mehdi Safa deveria ser um nome sonante o suficiente para suscitar curiosidade de quem anda mais distraído. Ou então bastaria referir que este projecto nasce literalmente das cinzas dos Mahumodo integrando membros do falecido colectivo.

Progressivos e cinemáticos. Uma autêntica trip musical.
Não estão convencidos? Ouçam primeiro, depois digam se valeu ou não a pena.


*Shels - "Sea Of The Dying Dhow" (2007)



 1 The Conference of the Birds 9:13
2 Indian - Part 1 4:40
3 The White Umbrella - Part 1 1:53
4 The White Umbrella - Part 2 8:42
5 Water - Part 1 3:26
6 Sea of the Dying Dhow 6:20
7 Atoll 0:44
8 The Killing Tent 4:18
9 Indian - Part 2 2:40
10 Return to Gulu 6:16
11 In Dying Palm Fields 10:58

sexta-feira, 17 de abril de 2009

This Will Destroy You - Without Death Penalty @ Passos Manuel, Porto - 15 de Abril de 2009



Mais uma noite Amplificasom. O Passos Manuel voltou-se a rechear-se com uma plateia mais que composta (lotação esgotada ou muito lá perto!) para uma noite que se esperava a algum tempo, não fosse esta a estreia em terras lusas de um colectivo de referência dentro das sonoridades do post-rock.

A noite começa com a subida a palco dos “Without Death Penalty”, colectivo promissor oriundo da Maia, que aqui se apresentou com os temas do seu, até à data, único EP,” Confine Your Dreams To Your Pillow [2008]” e algumas novidades. Enérgicos e incisivos debitaram durante cerca de uma hora um som situado entre o indie rock e o post-rock com uma mistura explosiva de hardcore. Ambiciosos no que se propõem e com um domínio musical acima da média, não foram contudo capazes de recriar o seu melhor. Os temas complexos denotaram alguma falta de coordenação entre os membros e o som não se mostrou adequado o suficiente para que os ouvidos pudessem assimilar claramente o que então se passava em palco. Ainda assim cativantes, arrancaram do público presente merecidos aplausos. Uma banda com uma margem de evolução enorme a ter em conta nos próximos tempos.

Após uma breve interrupção para o copo ou o cigarro (ou ambos xD) chega o momento mais aguardado da noite. Aplausos soam no primeiro avistamento de “This Will Destroy You” ao encaminharem-se para o palco tamanha é a expectativa que o ar transpira. Eles agradecem e é quando os primeiros dedilhados de guitarra de” A Three-Legged Workhorse” ecoam que as portas do mundo se fecham completamente. O silêncio é eclesiástico. E a viagem começa no tom melancólico de uma despedida. Mágica e absorvente. O baixo de Donovan debita cirurgicamente as suas notas numa tensão crescente que de tão longa nos sufoca. Só depois nos é concedida a catarse sónica acumulada durante esta espera antes de tudo retornar ao que era. Mais aplausos, a comunicação verbal é a estritamente necessária procurando preservar a memória do som. Seguem-se outros temas e perco o fio do alinhamento. Não me preocupo, tamanho é o êxtase em que encontro. Apesar das condições sonoras não serem as mais adequadas e ser sabido que estas coisas do post-rock vão muito de gostos pessoais e pré-disposições, o certo é que esta é uma banda que sabe bem aquilo que faz. O diálogo que as duas guitarras estabelecem, a secção rítmica ora mais tímida e etérea ora mais musculada e presente, a repetição de riffs que vão ganhando compostura, tudo isso fórmulas que noutro caso poderiam ser apelidadas de banais ganham com este colectivo uma amplitude apenas possível por se tratar de músicos genuínos não preocupados com as categorizações e semelhanças que lhes possam tecer.
Gostos à parte, veio-o ainda o encore. E por fim, é perante uma plateia em pé e rendida que tudo termina. Talvez o que para alguns fossem expectativas altas demais, para outros tenha sido a surpresa e a satisfação de mais uma noite memorável. Mas não são todos os concertos assim?


Para quem não foi pode sempre dar um pulo ao blog dos nossos amigos da Amplificasom aqui ao lado e ver alguns dos videos realizados.

Até ao próximo, cá estaremos e lá estaremos.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Coiso e TÁLE mais um blog

Isto dos blogs tem que se lhe diga por isso mesmo é que vou estar calado e passar ao que interessa.

Caros visitantes! Bem-vindos sejais a este antro de pouca vergonha e perdição. Por aqui rodarão links com download directo a sonoplastias indicadas a indigestões, dores nos rins, azias e outros males menores tratáveis com amor, carinho e cafuné; relatos não da bola mas de bailaricos de genica e graça contados posteriormente; sugestões de bandas sonoras para suicídios felizes; propostas de arrasta-o-pé para quem se sente entediado à noite e outras coisas que tais dentro do género, portanto.

Beijinho na vulva para as meninas e um bacalhau para os rapazolas!

Assim será feita a estreia, tomai lá e dai descanso ao Tony que o homem veio queixar-se que já lhe dói a garganta:

Isis, Wavering Radiant (2009)


01 - Hall of the Dead
02 - Ghost Key
03 - Hand of the Host
04 - Wavering Radiant
05 - Stone to Wake a Serpent
06 - 20 Minutes / 40 Years
07 - Threshold of Transformation