terça-feira, 30 de junho de 2009

Nebula no Porto este Outono!


Se dúvidas havia ainda da autêntica explosão sonora que vai ocorrer este Outono na cidade do Porto junta-se ainda mais dinamite ao cocktail!

Após a passagem dos Karma to Burn pelo Porto-Rio o regresso do baterista Rob Oswald ao Barco (aka Porto-Rio) está marcado para dia 2 de Outubro de 2009, desta vez com os Nebula. Para o concerto, a banda traz na bagagem o novo trabalho "Heavy Psych". A data foi já avançada no myspace oficial da banda que conta com o antigo membro de Fu Manchu, Eddie Glass, a cargo da voz e da guitarra,

esperem isto ou muito mais:

Rock Like an Animal Fest 09 - Alteração do cartaz


O primeiro acto deste evento beneficiário fica assim agendado para o próximo dia 3 de Julho e irá contar com 5 bandas do panorama metal português: Holocausto Canibal, Daemogorgon, Coldfear, Equaleft e Insanus. O concerto terá início às 20h30 e a entrada será de 4€.
Ficam ainda por divulgar os próximos nomes e datas dos seguintes actos sendo que para informações sempre actualizadas podem visitar as entidades ligadas a esta produção: ABRA (Associação Bracarense Amigos dos Animais) e Rosavelho (Associação de eventos e espectáculos musicais).
Já viram isto aqui em baixo ou foram a este site? De que estão à espera?!

Mastodon "Oblivion"

Progressive Nation 2009 passará pela Invicta!



Pode-se ler no fórum do site oficial do senhor Mike Portnoy a excelente notícia de que a Tour Europeia do "Progressive Nation 2009" passará pela cidade do Porto este Outono. E acalmem-se os que duvidam que seja mero rumor pois a data foi já igualmente avançada no myspace oficial de Dream Theater. Com eles virão também Opeth, Unexpect e Bigelf sendo que a data está marcada para dia 22 de Outubro e o local escolhido para acolher o evento será o Palácio de Cristal.
Desconhece-se, contudo, para já, qual a promotora que se entregou a brindar-nos com tal surpresa. Para eles, quem quer que sejam, o nosso bem haja e muito obrigado!

Mais informações detalhadas aqui.

sábado, 27 de junho de 2009

AUTUMNBLAZE – Perdition Diaries


A ressurreição de Autumnblaze, após a separação de 2005, traz-nos de volta a clássica formação Eldron, Arisjel e Schwadorf neste novo registo marcado por uma sonoridade distinta do seu antecessor “Words Are Not What They Seem” de 2004 que então roçava os meandros do rock alternativo.

“Perdition Diaries” é um álbum tão versátil quanto viciante, algo que a própria banda descreve como um regresso às suas raízes e considera ser um tributo ao dark metal da década de 90, ponto de viragem no modo de entendimento de como continuar o género rompendo velhas tradições dos anos 80. O resultado é uma amálgama sem demasiados condimentos do melhor que bandas como Anathema, Paradise Lost, Tiamat, Lacrimas Profundere, Katatonia, Dark Tranquillity ou At The Gates já nos presentearam. Não é, portanto, certamente pela inovação que este registo se destaca mas antes pelo seu apelo saudosista capaz de captar atenções. Cada tema funciona como peça autónoma e de forma descomprometida, embora com alguma falha da densidade melancólica característica das suas referências que aqui se apresenta mais difusa, o que não é necessariamente mau na medida em que permite uma fluidez agradável no tempo de audição. Apesar destas óbvias influências nada soa forçado ou roubado (somente mesmo a magia e a aura dos antigos o tenha talvez sido), contudo, este colectivo parece-me mais interessado em tocar o que lhe apetece do que propriamente em firmar uma sonoridade própria, o que eventualmente acabará por acontecer.

Uma agradável surpresa repleta de variedade que não sendo uma pérola musical consegue contudo surpreender e combina grandes momentos.


"It's not only the surprising versatility of this album that gives pleasure, but especially the self-conscious and always compelling songwriting. This, ladies and gentlemen, is not a successful comeback, it is an absolutely convincing new beginning!"

in METAL HAMMER

"Powerful riffs and massive arrangements reminding me of the early Nineties when metal still had that excitement and drama."

in ORKUS (9/10)






"Perdition Diaries"(2009)




01 Wir Sind Was Wir Sind
02 Who Are You?
03 I Had To Burn This Fucking Kingdom
04 Haughtiness and Puerile Dreams
05 Brudermord
06 Empty House
07 Neugeburt
08 Ways
09 The Forge
10 Saviour

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Porque já cheira a Verão!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Black Math Horseman - Wyllt



"Wyllt" é o álbum de estreia deste colectivo californiano, sediado em Los Angeles, formado por Sera Timms, Ian Barry, Bryan Tulao e Sasha Popovic, e figura já entre as grandes revelações do ano corrente.

Black Math Horseman é uma banda que transpira o passado por todos os poros e o que mais não faltam são bandas actuais a tentarem recriar sonoridades antigas. É até curioso que o termo “retro” emerja quase ao mesmo tempo que o termo “post” indicando sentidos completamente opostos de entender a música no geral. No entanto, o que algumas delas não conseguem assimilar é que o conceito de evolução não pode nunca amputar relações com o passado. Os BMH sabem-no bem e isso percebe-se imediatamente numa primeira audição. Imaginem uns Led Zeppelin cruzados com uns Black Sabbath, e toda uma panóplia de outras bandas psicadélicas dos 70´s, e compreenderão o porquê desta banda ser um autêntico compêndio das últimas 3 décadas do rock, ao mesmo tempo que se envolve nos mais recentes termos de acção/experimentação musical prescritos por uns Neurosis.

O seu som oscila entre a intensidade depressiva das distorções e uma ataraxia “nebuloso-ambiental” que, no conjunto, funcionam como fragmentos flutuantes que vão sendo colhidos e amplificados em magnitude. A atmosfera cavernosa mas, igualmente, misteriosa e contemplativa, é o elemento de transversalidade comum a todos os temas conferindo-lhes a coesão necessária à sua lógica sequencial, permitindo que a voz de Sera Timms ecoe com uma entoação monástica e quase sepulcral sobre tudo.

A produção a cargo de Scott Reeder demonstra que este ainda mantém bem vivo o espírito das “sessões do deserto” e possui o engenho, a experiência e a arte necessários para compelir o som a um estatuto de abrasividade suja e monolítica passível de conviver com elementos mais etéreos.


“Black Math Horseman have sharp filters. They've funneled the best parts of rock's giants into a richly idiosyncratic entity. (…) For all the references this record evokes, it feels elusive. The band seems like it's working from deep within its influences. Songs are layered yet minimal. No jam sections here - every note is in its place. The result is a studied diligence that's appealingly austere, yet frustratingly restrained.

Black Math Horseman access the dark mojo of Black Sabbath(…). Classic rock was scary once; Black Math Horseman could make it scary again.”


In Pitchfork by Cosmo Lee, April 24-2009


"Wyllt"(2009)



1 Tyrant
2 Deerslayer
3 A Barren Cause
4 Origin of Savagery
5 Torment of the Metals
6 Bird of All Faiths and None / Bell From Madrone

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segunda-feira, 22 de junho de 2009

Meet the REAL Circle Pit!!! :o



"DevilDriver live at Download Festival '09 playing Meet The Wretched, from 13/6/09 live stream, 13th June. They attempt to set a world record for the biggest circle pit."

A Banda Sonora "ROCK´N´ROLLA" deste Verão cá no tasco

1 - "Black Stone Cherry - Black Stone Cherry" (2006)



2 - "Baroness - Red Album " (2007) 



3 - "Doomriders - BlackThunder" (2005)



4 - "Foo Fighters - Echoes, Silence, Patience And Grace" (2007)



5 - "Kyuss - Blues For The Red Sun" (1992)



6 - "Men Eater - Vendaval"(2009)



7 - "The Answer - Everyday Demons" (2009)



8  - "Year Long Disaster - Year Long Disaster" (2007)



9  - "The Sword - Age Of  Winters" (2006)



10 - "StoneRider - Three Legs Of Trouble" (2008)



De fora deste apanhado mas nunca esquecidos teremos clássicos como The Doors, Led Zeppelin, The Who, etc., que não necessitam de razões para serem constantemente revisitados!

\w/ Mini-saias, muita cerveja e Rock! \w/

...são os votos aqui do tasco a todos os que passam por cá. (querem melhores férias?) X_X

sábado, 20 de junho de 2009

Mais sugestões para o fim de semana porque o Porto não pára!

HOJE:



Porto Sounds - 20 de Junho 23H - ENTRADA LIVRE

Mais informações aqui.

AMANHÃ:

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sugestões de fim de semana



Daqui a pouco, entrada 3 euros e oferta da promo do novo álbum de Solid aos primeiros a chegar.



Amanhã, para um serão bem passado e alguns nomes interessantes de se ver ao vivo (e talvez passe por lá visto ser mesmo aqui ao lado de casa).

AHKMED - Distance


Rock progressivo, atmosférico e psicadélico é o que este trio australiano nos apresenta neste seu primeira longa duração intitulado “Distance” com influências assumidas de bandas como Pink Floyd, Hawkwind, Kyuss, Mogwai, Spacemen 3 ou Amon Düül II.

É com já quatros EP´s lançados pelo caminho e cerca de uma década de existência que os Ahkmed chegam a este resultado contagiante. Sem caírem no espectro cada vez mais sobrelotado em que se tem tornado o post-rock (ou pelo menos nos seus clichés mais flagrantes) parecendo mais interessados em criar ambientes contemplativos num groove algo stoner rock, criado por musculadas linhas de baixo, apimentado ainda pelo psicadelismo dos delays e efeitos de guitarra e uma secção rítmica competente. E depois temos ainda a surpresa que é encontrar a voz ao terceiro tema sem que nada o fizesse antever (desculpem lá ser desmancha prazeres!XD). No fundo, “Distance” consegue absorver o ouvinte durante toda a sua duração pelo equilíbrio certo das doses de estilos que vai marinando nunca se tornando demasiado aborrecido e surpreendendo bastante em alguns momentos.


“While there are those moments of quiet, moody contemplativeness before an explosive finish or two that tend to define that inbred and overcrowded breed of artsy fartsy metal, Distance strikes me more as being based in the progressive psychedelic rock aesthetic (…)”.

John Pegoraro in StonerRock.com 



"Distance"(2009)



01 Strega
02 Saltwater
03 Iemanja
04 Soma
05 Caldera
06 Temple
07 Distance

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quinta-feira, 18 de junho de 2009

PETER MURPHY - Dust


Lembro-me claramente, com a nitidez daquela tarde quente de verão, de escutar pela primeira vez este álbum num tempo em que ainda gastava as horas (e todo o dinheiro da mesada) enfiado numa discoteca, sem internet em casa e uma colecção de cds que queria desesperadamente fazer crescer. E era por entre cigarros e duas de letra com quem encontrava atrás do balcão que ia sabendo das “novidades”. Daquela vez entrei e o que haveria de escolher já estava a tocar…

Mesmo para quem conhece Peter Murphy, carismático líder dos Bauhaus, e o seu percurso a solo, “Dust” é um álbum difícil, negro e de uma profundidade distante do seu lado mais pop. Nele, a sua relação com a Turquia é exposta abertamente pela primeira vez, sem quaisquer receios, ao longo de 70 minutos de um mergulho no seu eclético universo artístico. Uma aura mística de viagem espiritual percorre todos estes 9 temas de estruturas musicais complexas e experimentais em ritmos lentos e arranjos surpreendentes. A variedade de instrumentos utilizados (violino, violoncelo, piano, cítara, djambe, didgeridoo e outros mais) denuncia o gosto crescente de Murphy pela “world music” através de delicadas e belas melodias de toque oriental e tribal fundidas com a electrónica, tudo isto envolvendo a sua voz etérea que habita o álbum de forma quase independente e soberana, sobrepondo-se ao instrumental.

Se existe música que conseguiu crescer em mim de forma inconsciente, natural e estranha ao mesmo tempo, foi “Dust”. Uma das minhas melhores compras musicais de sempre. Terão tido, ou será que têm, vocês, a mesma paciência para vê-lo engrandecer?


“Dust isn't for everyone...and that's its charm. It's encouraging to see Murphy, twenty-odd years into his career, moving so confidently in new directions rather than rehashing old glories. If Dust is any indication, his best years may still be ahead of him.”

George Zahora in “Splendid” (21/6/2002)



"Dust"(2002)




01  Things To Remember
02  Fare Sparkle Or Golden Dust
03  No Home Without It's Sire
04  Just For Love
05  Girlchild Aglow
06  Your Face
07  Jungle Haze
08  My Last Two Weeks
09  Subway (Epilogue)

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