sábado, 29 de agosto de 2009

RISE OF DAY



Rise Of Day é um projecto musical hungaro unicamente composto por Ákos Szilágyi e "Go alone on a field on the other side of the Earth, towards a new beginning" o primeiro registo em formato de EP disponibilizado via myspace para download gratuito.

Vale a pena.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

IREPRESS - Sol Eye Sea I


Para qualquer amante de Música (sim, com M grande!), Irepress é amor à primeira “vista”. Isto porque este não é apenas mais um grupinho de tipos tecnicistas a debitar mil notas por segundo e que a crítica nos quer impingir sob a categoria de prog-qualquer coisa.

Se ecletismo for a palavra de ordem da vossa playlist então não podem perder isto por nada deste mundo… pois estes senhores transportam consigo alguns dos melhores exemplos do que tem sido feito em campos musicais diversos desde o post-rock mais atmosférico, passando pela beleza técnica do math-rock até ao poder ultrasónico do sludge mais directo. As primeiras audições certamente deixarão no ar lembranças de uns Red Sparowes meio misturados com Pelican ou Isis mas após a poeira assentar apercebemo-nos de muito mais. “Sol Eye Sea I”, segundo registo do colectivo, sucessor de Samus Octology de 2005, é um disco musicalmente gigantesco e imprevisível no qual a toada progressiva não se traduz numa maneira de fazer algo mas antes na desculpa para justificar uma amálgama tão bem cozinhada que seriamos capazes de a degustar de olhos fechados. Ao longo dos nove temas que compõem este álbum temos momentos de headbanging de fazer inveja às bandas mais “trves” que aí andam, melodias, crescendos e delays que fazem salivar qualquer “prog-maniac”, distorção debitada numa muralha de som que colocaria muita banda sludge de boca aberta e ainda temos tempo para embarcar em delírios electrónicos extremamente bem conseguidos e psicadélicos.
As vocalizações, embora pontuais, são cuidadas e revelam a versatilidade esperada consoante o caminho que vai sendo ditado.

Irepress é um autêntico tesouro de genialidade e desengane-se quem gostaria de pensar que “Sol Eye Sea I” é uma exploração sonora na tentativa de encontrar uma rota de navegação. Estes senhores estão definitivamente à deriva e é isso que os torna tão especiais. Um dos discos do ano (senão o!) e absolutamente obrigatório.


"Sol Eye Sea I"(2009)



1 Diaspora
2 Rhintu
3 Barrageo
4 Daniel sen
5 Cyette Phiur
6 Fletchie
7 Adeluge
8 Billy
9 Entanglement


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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Vagos Open Air - 7 e 8 de Agosto - Review

A primeira edição do Vagos Open Air decorreu durante os dias 7 e 8 de Agosto nas proximidades da Lagoa do Calvão (mais propriamente no campo de futebol do Grupo Desportivo do Calvão), em Vagos. Amon Amarth, Dark Tranquillity, The Gathering, Katatonia, Epica e Cynic foram as principais atracções. Muitos foram os que quiseram marcar presença e se deslocaram à pacata vila de Vagos, proporcionando dois dias de casa bem composta e um ambiente fantástico.

Primeiro dia (7 de Agosto)

Passava pouco tempo das 15:00 horas quando as portas do recinto abriram e os presentes foram entrando lentamente. O tempo estava bom e estava tudo a postos para dar início á primeira noite.

A primeira actuação estava marcada para as 16:30 e coube aos nacionais F.E.V.E.R. fazer as honras da casa e iniciar o festival. Perante uma plateia algo despida estes subiram ao palco à hora marcada e durante cerca de 30 minutos descarregaram o seu rock/metal industrial com o vocalista, Fernando Matias, a assumir uma presença bastante activa em palco, mas no entanto faltou algo á actuação destes senhores, e o concerto acabou por passar com alguma indiferença aos presentes.

Os Process of Guilt foram a banda que se seguiu e subiram ao palco do Vagos Open Air por volta das 17:15 perante uma plateia superior. Contando com o pouco tempo de actuação disponível, apenas 30 minutos também, os nacionais experientes em Doom Metal, centraram-se no recente álbum intitulado “Erosion”. Criando um ambiente pesado bem ao gosto do doom, os Process of Guilt deram mais um grande concerto para juntar ao seu reportório e arrancaram aplausos merecidos do público. Mais uma vez, é de notar a potente e aterrorizadora voz do vocalista Hugo Santos, louvando também os restantes membros pelo grande concerto concebido e trabalho desenvolvido. Sem dúvida que os Process of Guilt são uma as melhores bandas de metal nacional da actualidade e têm potencial para ir muito longe. Prova disso foi o concerto dado.

Os espanhóis Kathaarsys foram os terceiros a subir ao palco por volta das 18:15, dispondo também de 30 minutos de actuação. Apresentando o seu último trabalho, “Anonymous Ballad”, presentearam-nos com o seu progressive black metal muito tecnicista de uma qualidade surpreendente que deixou muitos presentes de “boca aberta”. Devido aos 30 minutos disponíveis os Kathaarsys, em alguns casos, não tocaram músicas na íntegra visto os seus temas serem de longa duração, optando assim por tocar apenas metade. Foram, sem dúvida, a banda que mais surpreendeu na primeira noite. Sendo totalmente desconhecidos pela maior parte da plateia conseguiram certamente novos fãs e os aplausos arrancados foram mais do que merecidos. Os Kathaarsys souberam desempenhar o seu papel e aqueceram a plateia, agora bem composta, que já aguardava ansiosamente pela banda que se seguia.

Por volta das 19:20 subiram ao palco os holandeses Epica e sendo estes uma das principais atracções da noite dispuseram de cerca de 75 minutos de actuação. A intro “Indigo”, do último álbum “The Divine Conspiracy”, fez se ouvir e os holandeses foram entrando em palco para dar início ao segundo tema do mesmo álbum, “The Obsessive Devotion”, e a consequente entrada da bela Simone Simons que arrancou muitos aplausos. Apresentando-se muito bem-dispostos, estes mestres do Symphonic Power Metal souberam animar uma plateia que atingia o seu pico na primeira noite, dando um bom concerto que arrancou muitos aplausos dos presentes, até mesmo aqueles à qual a banda holandesa passa com indiferença. Fizeram se ouvir também os temas “Imperial March”, “Quietus”, “Cry for the Moon”, “Consign to Oblivion”, “Solitary Ground”, ate mesmo uma cover do Star Wars, entre muitos outros. Os Epica assinaram assim uma das melhores actuações da primeira noite.

Os suecos Katatonia eram outra das principais atracções da primeira noite e passavam escassos minutos das 21:00 horas quando estes iniciaram o seu concerto. “Leaders” abriu e os Katatonia descarregaram durante cerca de 90 minutos o seu Doom/Progressive/Melancholic Metal que deliciou os presentes. Passando pelos quatro últimos álbuns fizeram-se ouvir os temas “ Soil´s Song”, “For My Demons”, “Teargas”, “Criminals”, “Evidence”, “Ghost of the Sun”, “My Twin”, “Consternation”, “July”, entre muitos outros. Ao contrário dos últimos concertos dados em terras lusas em 2007, Jonas Renske apresentou-se muito mas comunicativo com o público o que culminou num grande concerto. Conhecida a capacidade destes suecos em descrever sentimentos e melancolia e criar melodias extaseantes, os Katatonia criaram uma empatia fantástica com o público e deram um dos melhores concertos da primeira noite juntamente com os Epica que não lhes ficaram atrás
.
Os The Gathering foram os cabeças de cartaz do primeiro dia e tal como os Katatonia também eles dispuseram de cerca de 90 minutos de actuação. A saída de Anneke van Giersbergen em 2007 e a consequente entrada de Silje Wergeland em Março deste ano estava ainda na memória dos fãs que aguardavam o concerto e a nova vocalista com curiosidade, mas ao mesmo tempo com precaução. A banda dos irmãos Rutten iniciou a sua actuação por volta das 23:00 horas apresentando o seu último álbum “The West Pole”. “When Trust Becomes Sound” deu ínico ao metal progressivo dos The Gathering que contagiou os fãs da banda, mas não foi suficientemente contagiante para prender a restante plateia que ia diminuindo á medida que estes avançavam pela setlist. Silje Wergeland apresentou-se sorridente e muito afinadinha e provou ser uma boa substituta de Anneke. “All You Are”, “The West Pole”, “Saturnine”, “Travel” e “Leaves” foram algumas das músicas ouvidas e que encerraram a primeira noite.
Os The Gathering deram um bom concerto mas não ao nível dos Epica e Katatonia que se destacaram com dois grandes concertos no primeiro dia.


Segundo dia (8 de Agosto)

As portas voltaram a abrir por volta das 15:00 e uma vez mais não houve grande pressa em entrar. O calor fazia-se sentir no Calvão e estava tudo a postos para mais um dia de boa música.

Os portugueses Echidna subiram ao palco pelas 16:30 e durante 30 minutos descarregaram o seu Death Metal. Embora tenham sido a primeira banda a actuar tiveram uma plateia bem composta e foram os primeiros a fazer levantar poeira com os primeiros circles e moshs pits do dia. Apresentando temas do único trabalho “Insidious Awakening”, os Echidna apresentaram-se com muita garra e força em palco e souberam fazer o papel que lhes cabia, iniciando um dia que ainda estava longe de acabar.

A última banda nacional a pisar o palco do Vagos Open Air foram Thee Orakle. O colectivo veio apresentar o recente álbum intitulado “Metaphortime” e subiu ao palco por volta das 17:15 dispondo de 30 minutos de actuação. O concerto ficou marcado pelo problema de som quanto á voz do vocalista Pedro Silva que estava cortada não se ouvindo no recinto. O problema foi resolvido antes da primeira música acabar e quando finalmente se fez ouvir a sua voz o contentamento desabrochou em aplausos. Os Thee Orakle conseguiram colocar grande parte da plateia em headbang mas no entanto foi um dos concertos mais fracos de todo o festival.

A terceira banda a subir ao palco no segundo dia do Vagos Open Air foram os Dawn of Tears, oriundos de Madrid, Espanha. Mais uma vez o concerto começou à hora marcada e as 17:15 os espanhóis já pisavam o palco vestidos a rigor e de cara pintada prontos para mostrar o seu Death Metal. Mais uma vez a voz do vocalista estava cortada e não se ouvia no recinto, algo que quando resolvido desencadeou uma vaga de aplausos. Mais uma vez a terceira banda do dia surpreendeu os presentes e conquistaram certamente novos fãs. Os Dawn of Tears apresentaram temas do álbum “Descent” bem como temas do recente EP “Dark Chamber Litanies”. Despediram-se sob fortes aplausos.

Os Cynic iniciram o seu concerto às 19:15 e dispuseram de tempo suficiente para tocaram quase os dois álbuns, “Focus” e “Traced in Air”, na íntegra. As expectativas eram altas e os Cynic não as deitaram por terra. Praticando um Progressive Metal muito técnico deram um concerto íntimo e bastante sentimental, embora num recinto aberto, que satisfez os seus fãs e surpreendeu ainda alguns que não conheciam a banda californiana. Temas como “Evolutionary Sleeper”, “Integral Birth”, “Nunc Stans”, “Adam´s Murmur”, entre muitos outros fizeram com que o concerto dos Cynic fosse uma das grandes actuações de todo o festival.

Uma das bandas mais aguardadas da segunda noite eram os suecos Dark Tranquillity que subiram ao palco por volta das 21:00 horas. A última vez que actuaram por terras nacionais foi em 2001 e por isso eram muitos aqueles que os queriam ver e/ou rever. Praticando o seu death metal melódico os Dark Tranquillity foram mais uma banda que assinaram uma grande actuação no Vagos Open Air, com uma excelente prestação em palco e com o vocalista Stanne bastante activo, que chegou a cantar junto as grades e colocou uma rapariga da plateia a interpretar as vocalizações femininas do tema “The Mundane and The Magic”. “Focus Shift”, “The Treason Wall”, “Lost to Apathy”, “The Lesser Faith”, “Lethe”, “The Wonders At Your Feet”, “Final Resistance”, “Inside The Praticle Storm”, “Dreamlord Degenerate”, “Terminus (Where Death Is Most Alive)”, “Misery´s Crown”, “There In”, “Punish My Heaven”, “Free Card” e “My Negation” foram os restantes temas interpretados. Mais um excelente concerto que entrou directamente para lista das melhores actuações do Vagos Open Air.

A última banda a pisar o palco do Vagos Open Air foram os suecos Amon Amarth, uma das bandas mais aguardadas de todo o festival. Por volta das 23:00 horas fez-se ouvir uma Intro seguida do tema “Twilight of the Thunder God”. Praticando o seu típico Viking Metal os Amon Amarth foram outra das bandas que não desiludiu e presenteou uma casa cheia, ou muitíssimo perto disso, com mais um excelente concerto. Bem animados, os suecos, apresentaram ainda os temas “Free Will Sacrifice”, “Versus The World”, “Asator”, “Varyags of Miklagaard”, “Runes to My Memory”, “Guardians Of Asgaard”, “Live For The Kill”, “Fate Of Norns”, “Under The Northern Star”, “Valhall Awaits Me”, “Victorious March”, “Pursuit Of Vikings”, “Cry Of The Blackbirds” e “Death In Fire”. Johan Hegg, vocalista, esteve sempre muito comunicativo com o público dizendo várias vezes “Obrigado Portugal…hahaha” e ate mesmo num dos casos a dizer "vamos lá caralho!!!!". Os Amon Amarth encerraram assim a primeira edição do Vagos Open Air com o melhor concerto de todo o festival que agradou a “gregos” e a “troianos”, não tendo desiludido ninguém. Despediram-se sob uma tempestade de aplausos.

A primeira edição do Vagos ficou marcada por belas actuações de várias bandas e já se espera pela próxima edição. Pede-se apenas melhores infra-estruturas a nível de casas de banho, algo de que os festivaleiros se queixaram frequentemente.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A caminho do Calvão!


Rumamos hoje de manhã a caminho do Calvão com um misto de entusiasmo e grande expectativa para aquele que se quer afirmar como "o festival de referência no metal em Portugal". Os nomes mais sonantes por estes lados serão no primeiro dia os nacionais Process Of Guilt dos quais esperamos uma setlist mais voltada para o seu último grande registo "Erosion" e os suecos Katatonia (acreditamos na possibilidade de tocarem temas do novo álbum "Night Is The New Day").
Já no segundo dia, com Cynic, Dark Tranquility e, claro, Amon Amarth esperamos que a poeira do recinto se levante no moshpit e a noite acabe com dores de pescoço! A mediar tudo isto a bela da cerveja fresquinha e festarola até às tantas da madrugada.
Se por acaso estiverem por lá avisem para malta beber um copo. Até lá, no Vagos ou em qualquer outro lado aproveitem o tempo o melhor que puderem. Voltamos para a semana com a respectiva review! Cheers e \w/

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Earthless @ Festival Guadalest 09



Quem esteve lá de certeza que não se arrependeu...

domingo, 2 de agosto de 2009

O esperado regresso de... Katatonia


“They say every night has its dawn, we say night is the new day!”

Três anos depois, "Night Is The New Day" é o nome concedido ao registo sucessor do divinal "The Great Cold Distance" que será editado a 19 de Outubro deste ano pela Peaceville Records. Nada menos se espera do que mais um álbum repleto de canções arrebatadoras como aquelas a que estes suecos já nos habituaram.

Relembramos, igualmente, que os Katatonia actuam em solo luso a 7 de Agosto integrados no lote de bandas do primeiro dia do cartaz Vagos Open Air. Com alguma sorte ainda podemos esperar a apresentação de novos temas. =)

Mais informações aqui.

sábado, 1 de agosto de 2009

SLEEP - Sleep's Holy Mountain


O que torna o vulgarmente conhecido por apenas "Holy Mountain" um álbum incontornável a qualquer fã de stoner-doom rock não é unicamente o facto de a crítica nomear este colectivo como os últimos legítimos escribas do pergaminho do género e, também, não só pela influência que viriam a ter perante futuros projectos. Se actualmente Al Cisneros, Chris Hakius e Matt Pike continuam a surpreender com OM e High On Fire é tão somente por isto: um clássico indiscutível que guardam na algibeira. Um clássico composto noutros tempos quando Black Sabbath era ainda (a par da erva e das cervejas!) o denominador comum entre todos. Mas é sobretudo um clássico porque por muito que se tente e por mais que se deseje já não se fazem álbuns assim.

Relembrando...


"Sleep's Holy Mountain"(1993)



01 Dragonaut
02 The druid
03 Evil gypsy / Solomon's theme
04 Some grass
05 Aquarian
06 Holy mountain
07 Inside the sun
08 From beyond
09 Rain's baptism

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